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sábado, 26 de novembro de 2011

Dependência psicológica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Síndrome de dependência
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Classificação e recursos externos
Au Moulin de la Galette.jpg
Precisar fumar sempre que está se sentindo ansioso é um exemplo de dependência psicológica.[1]
CID-10 No caso de drogas: (F1X.2)
A dependência psicológica se relaciona com a necessidade de usar determinado comportamento, frequentemente uma droga, para superar uma sensação de mal estar e diminuir a ansiedade. Quanto mais frequente esse comportamento, mais grave a dependência. Pode ocorrer independentemente da dependência física e é mais difícil de tratar que esta, sendo uma das principais causas de recaídas.

Índice

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[editar] Características

Qualquer estímulo prazeroso pode se tornar um vício, sendo que cada vez que uma pessoa obtém esse estímulo (chamado de reforço positivo) mais condicionada ela fica, ou seja, mais provável se torna que ela volte a utilizá-lo novamente diante do estímulo desencadeador desse comportamento (geralmente ansiedade). Pessoas com baixa tolerância a frustração são as mais vulneráveis a dependências. Em muitos casos, a dependência psicológica se dá em pessoas com baixa auto-estima ou motivação, e acompanha a dependência física.
A dependência psicológica é influenciada pelos seus efeitos positivos desencadeados pelo estímulo, pela companhia do uso (sozinho, com amigos, com desconhecidos), pelo ambiente, pela subcultura local e pelos estados emocionais no momento do uso.

[editar] Sinais e sintomas


Existem muitas similaridades entre o vício em jogo, em sexo, comida ou em musculação e o vício em drogas. Muitos sintomas são os mesmos e o tratamento também é bastante voltado pro desenvolvimento de tolerância a frustrações e auto-controle.
Os sintomas mais comuns:
  • Muita ansiedade;
  • Sensação de vazio;
  • Dificuldade de concentração;
  • Desejo constante e persistente pela fonte do vício;
  • Problemas de sono (dormir muito mais, acordar várias vezes ou ter insônia);
  • Alteração bem significativa na alimentação (comer muito mais ou muito menos);
  • Inquietude;
  • Mal humor;
  • Irritabilidade e impaciência;
  • E agressividade (voltada a outros e/ou a si mesmo).
É difícil diferenciar quais são sintomas de dependência química e quais são de dependência psicológica pois frequentemente elas ocorrem juntas. Porém, mesmo em vícios a estímulos que não causam dependência química (como jogos), esse sinais e sintomas são comuns.

[editar] Comorbidades comuns

A dependência psicológica se relaciona bastante como comorbidade de algumas patologias como:

[editar] Recaídas

Sem a presença do estímulo, caso a pessoa não tenha estrutura psicológica para tolerar frustrações e lidar com sensações desagradáveis é altamente provável (mais de 80% dos casos) que ela entre em depressão e eventualmente retorne ao vício. Isso é ainda mais marcante no vício a drogas psicotrópicas (inclusive álcool e cigarro).[2]

[editar] Tratamento

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domingo, 20 de novembro de 2011

Dependência afetiva

Dependência afetiva
Quem nunca ouviu uma dessas frases?
“Tem gente que é só feliz quando o outro está por perto” ou “ a pessoa cada vez mais precisa da outra e vira um vicio e a outra pessoa sentindo que esta numa prisão”; “é ruim para os dois quando acontece isso”.
Ou seja, ela DEPENDE de algo (o amor) de alguém pra ser feliz, não consegue sequer conceber a felicidade longe do seu objeto de adoração.
Parece que “falta o chão” quando ele (ou ela) não está por perto. Essa dependência, não se resume aos casais apaixonados de namorados, mas também atinge o círculo familiar, amigos, etc. e quem depende raramente consegue ser feliz, uma vez que não consegue se libertar desse “vício”.
Chamo a isso de vício, porque tal dependência assume várias vezes o caráter de “muleta afetiva”. Sem a muleta, toma-se um tombo atrás do outro.
Isso se dá porque algumas pessoas fazem de outras o centro de suas atenções, e quando ausente não tem a quem entregar-se.
Para quem é dependente:
Mas que tal se você desse essa atenção a si mesmo (a)?
Partindo do princípio que só conseguimos amar se nos amamos, podemos deduzir que dependência não é amor, é egoísmo!
Lamento informar mas sacrifícios não seguram ninguém ao lado de outras pessoas quando estas não querem ficar. Não adianta jogar pro alto uma carreira, estudos família, etc., se o parceiro não tiver que ir embora irá, porque muitas vezes o relacionamento pesado também é um sacrifício do qual ele quer se livrar.
No entanto certos sacrifícios são normais no começo da relação, porém a medida que o tempo passa, e o casal vai se conhecendo melhor, a tendência é se sentirem mais seguros em relação ao outro.
O motivo: Medo da solidão
Sabemos que ninguém consegue viver sozinho(a) em nenhum âmbito da vida. Por esse motivo algumas pessoas quando se relacionam se tornam automaticamente dependentes afetivos do outro, e transferem a responsabilidade de sua felicidade para o outro.
Liberdade
No entanto, a única forma de se livrar da dependência afetiva é melhorar sua auto-estima. Mas vamos separar bem as coisas: Existem casos de Amor Patológico onde é necessário fazer tratamento terapêuticos.
Sim, isso parece fácil de falar e já virou chavão. A questão é COMO FAZER?
A única forma de se libertar dessa dependência afetiva é melhorar a auto-estima. Você deve SE AMAR, antes de amar qualquer outra pessoa. Valorizar-se.
Egoísmo? Não. Egoísmo é amar somente a você, mais ninguém, e não é bem isso que estamos tratando. Estamos falando de valorizar seu passe; o que significa gostar mais de si mesmo, aceitar suas qualidades com humildade e seus defeitos com naturalidade; não se cobrar em demasia, afinal nossa vida é um aprendizado e não há obstáculo que não possa ser removido: aquilo que você acha que é defeito hoje, poderá ser qualidade amanhã.
Portanto aceite-se como você é. Não mude pra agradar as pessoas, mude de pessoas. Seja alegre, e a vida o cercará de pessoas alegres; dê amor e a vida o cercará de pessoas amorosas; cultive a bondade a vida o cercará de pessoas boas.
Ta bom, eu sei que isso é difícil. Vamos passar da teoria à pratica, ok?
Vamos lá!
© Não deixe em HIPÓTESE ALGUMA que sua mente seja dominada por pensamentos deprimentes. Isso exige treino.
© Ouça músicas que te lembrem apenas coisas boas.
© Afaste-se DE UMA VEZ POR TODAS das pessoas negativas.
© Jogue fora suas roupas velhas, rasgadas e rotas. Use coisas novas, limpas e bonitas.
© Mude alguma coisinha na sua aparência (pra melhor).
© Preste atenção em seus gestos. Aja sempre com calma, fale baixo e evite cenas de estresses (comumente chamadas de “barracos”).

Para quem tem dependentes afetivos:
Quando se ama é natural querer a pessoa sempre por perto, afinal o amor é uma maravilhosa troca. O que deixa de ser normal é quando essa pessoa começa a viver em função de ti.
É preciso convencê-las que pra dar amor não é necessário (nem salutar) ficar grudado 24 horas por dia; que mesmo juntas as pessoas continuam a tocar suas vidas. Estar presente na vida de alguém não significa ficar grudado como adesivo, mas fazer sua presença ser notada MESMO À DISTÂNCIA.
Essa é a sua “missão”. Fazer a pessoinha entender isso. Mas como?
© Faça o possível pra não discutir.
© Faça com que a pessoa entenda que você tem obrigações a cumprir, e que tais obrigações não podem ser adiadas.
© Nunca aceite chantagem emocional; nem cobrança exagerada. Se a pessoa estiver desequilibrada, oriente-a buscar ajuda terapêutica, familiar ou religiosa.
© Não deixe a pessoa mal acostumada, ou seja jamais deixe de cumprir uma obrigação pra fazer as vontades do seu amor.
© Faça com que ela enxergue a própria vida. Incentive a pessoa a estudar, trabalhar, ocupar a mente de alguma forma, ou pelo menos se dedicar um pouco mais às suas atividades.
© Não se sinta culpado por não corresponder aos anseios desequilibrados da outra pessoa.
© E não esqueça: que você deve se amar antes de mais nada: se o relacionamento ficar insustentável, termine! Não seja escravo de ninguém.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Fala-se muito da dependência física causada pela nicotina, substância psicoativa, estimulante do Sistema Nervoso Central. A dependência psicológica é menos citada, porém atua com bastante força e de forma bem complexa. Requer um olhar atento para que se possa entendê-la.
A seguir, faremos uma descrição da dependência psicológica, formas de reconhecê-la e formas de abordá-la.
A grande maioria dos fumantes experimenta o cigarro na adolescência ou seja numa época de transição em que é comum sentir-se inseguro, ter medo, estar ansioso, querer pertencer a um grupo, querer imitar os amigos, sentir-se feio... Apesar do fumante, na maioria das vezes, sentir-se mal na primeira tentativa, ele insiste em “aprender” a fumar, por achar que valerá a pena, isto é, haverá um ganho com esse comportamento. Através dele, poderá integrar-se ao grupo de amigos, parecer mais velho, ter status frente aos pares... Muitos fumantes afirmam que insistiram por achar que fumar era “bonito”.
Essa expectativa muito positiva quanto ao cigarro, (criada principalmente pela propaganda, cinema e mídia durante anos) é aceita sem questionamentos . O cigarro parece ser vivido, não conscientemente, como um grande ajudante para lidar com os sentimentos desagradáveis próprios da adolescência, dando sensação de bem-estar. Graças a suas propriedades psicoativas, o cigarro é capaz de provocar sensação prazerosa, estimulante e ansiolítica, e desta forma aplacar o mal-estar característico deste período, sem dar chance ao indivíduo de enfrentar essas situações com seus próprios recursos, aprender e se desenvolver com elas. No fumante que inicia mais tarde, o processo basicamente é o mesmo. Em qualquer período da vida podemos passar por situações difíceis de lidar.
O cigarro passa a fazer parte da vida do fumante e torna-se um meio de enfrentá-la. Podemos dizer que, no fumante adolescente, sua personalidade estrutura-se com o auxílio do cigarro. Ele entende que só pode enfrentar a vida com o cigarro ao seu lado, não acreditando que seja capaz sem ele. De fato, o cigarro foi útil num momento de fragilidade, porém com o tempo estabeleceu-se a dependência física e psicológica. O fumante fica preso à armadilha. Ele sofre sem o cigarro, não se conhece mais sem ele, não sabe mais distinguir que características são suas e quais as provocadas pelo uso do cigarro.
É muito comum o fumante referir-se ao cigarro usando os termos “amigo”, “companheiro”, “parceiro”... , mostrando que o cigarro participa de sua vida como muito presente e atuante. Poderíamos dizer que são cúmplices. Muitos fumantes quando pensam em parar de fumar sentem-se muito tristes por ter que dizer adeus ao cigarro. Muitos choram como se estivessem perdendo um ente querido. O cigarro acaba sendo investido de atributos humanos para aplacar sua solidão, seus sentimentos, suas dificuldades... Muitas de suas capacidades estão depositadas no cigarro, achando que só poderá realizar tal atividade devido a ele. Na verdade a capacidade é da pessoa , mas por não saber que a detém, a atribui ao cigarro. Desta forma o fumante acredita que só pode escrever se fumar, criar se fumar, ter uma atividade mental se fumar, relacionar-se com os outros se fumar...(ver artigo sobre condicionamentos).


Crenças negativas também podem existir em relação ao cigarro. O fumante pode acreditar por exemplo que se parar de fumar será melhor aceito no seu meio de trabalho, não será mais discriminado, que o cigarro é o responsável por todos os seus males... neste caso serve de “bode expiatório” para explicar todos os seus fracassos. Se o cigarro é o responsável, o indivíduo não precisa se deparar com suas dificuldades!
O termo “fissura” é usado para descrever o mal-estar e a vontade intensa de fumar. Passadas as primeiras semanas, a “fissura” á atribuída à dependência psicológica. (INCA, 1997) . Trata-se da lembrança da sensação de prazer provocada pelo cigarro e das associações feitas nos momentos de dificuldades. Por exemplo, após uma situação de nervosismo ou dificuldade, o “quase ex-fumante” pensa em acender um cigarro para se acalmar, relaxar... O fumante sabe que se acender um cigarro irá sentir um efeito positivo e esse fato o faz procurar o cigarro novamente. A muleta que o cigarro representa para enfrentar situações difíceis é lembrada sempre que o fumante se depara com elas.
A dependência psicológica precisa ser tratada tanto quanto a dependência física. Faz-se necessário um acompanhamento psicoterápico em grupo ou individual para ajudar o fumante a tomar consciência da situação, perceber o que o cigarro representa na sua vida e que lugar ocupa, no intuito de ajudá-lo a perceber que o cigarro é somente um cigarro e que provavelmente é atribuído a ele muitos aspectos seus.
 Fonte  http://saude.hsw.uol.com.br/dependencia-psicologica-cigarro.htm